“Vivendo e aprendendo a jogar
Nem sempre ganhando
Nem sempre perdendo
Mas aprendendo a jogar”
Guilherme Arantes
Não é novidade que o futebol é uma das paixões nacionais do Brasil. É fácil encontrar crianças que, além de jogarem bola, compartilham com familiares e tutores o hábito de torcer por um clube. Trata-se de um espaço privilegiado de troca e vivência em que adultos, jovens, adolescentes e crianças podem interagir sem limitações geracionais.
O esporte é uma ferramenta poderosa para exercitar valores de inclusão, coletividade e educação emocional. A derrota é uma boa oportunidade de dialogar com as crianças sobre raiva e tristeza, emoções básicas que fazem parte das nossas respostas naturais aos acontecimentos do mundo que nos rodeiam. Esses sentimentos podem nos impulsionar, por exemplo, a lutar contra resultados que consideramos injustos. A vitória da equipe para a qual torcemos, um momento de extrema felicidade, é uma chance de exercitar a empatia com o familiar ou amigo que torce para o time perdedor.
É difícil ver quem amamos experimentar emoções que consideramos negativas. Entretanto, a tristeza e a raiva são sentimentos naturais e importantes que são fundamentais para a sobrevivência do ser humano e nos acompanham durante toda a vida. Quem não ficaria triste ao perder um jogo importante? Ou não sentiria nojo ao nadar numa piscina cheia de baratas?
Por isso, da próxima vez que sua criança chorar porque perdeu um jogo de futebol, não ridicularize ou desconsidere seu sentimento apenas acolha: escute, oriente, se solidarize e pergunte o que pode fazer para que ela se sinta melhor. Um abraço pode ser o que seu filho ou filha precisa para superar um momento desafiador.
Por:
Débora Almeida, Jornalista e Colaboradora da Emosciência
Mariza Hawa Soares, Mãe, Terapeuta Cabalista e Fundadora da Emosciência